Copa da África – Onde a riqueza e a miséria se encontram


Por: Roberto Facoro


               A primeira fase da copa chega ao final com um grande desempenho dos times sulamericanos, já as seleções africanas correm o risco de não terem nenhuma representante na próxima fase, caso Gana não obtenha um bom resultado frente a uma desesperada Alemanha. Itália e França, duas campeãs mundiais, também representam o lado negativo dessa copa, com desempenhos pífios dentro de campo, e fora dele os franceses vivem a maior crise já vista numa seleção em disputa de uma Copa do Mundo.
              A seleção canarinho de Kaká tem evoluído a cada jogo e vai se credenciando juntamente com a Holanda de Arjen Robben (jogador que ainda não atuou nessa copa) e a Argentina do craque Leonel Messi, como uma das favoritas a conquista da Copa da África. Hoje podemos dizer que essa é a copa do futebol globalizado, pois todo mundo tem jogado muito igual, dando prioridade à defesa, o que permite que uma seleção não muito badalada como a da Suíça derrote a seleção que foi apontada como a grande favorita dessa copa, a Espanha, atual campeã européia. Futebol à parte, a Copa da África serve pra mostrar ao mundo o contraste entre miséria e riqueza que acomete o continente africano.


             O número enorme de soropositivos é alarmante, sem contar as vítimas de inanição (fome), até mesmo na África do Sul, que é o país mais rico do continente. A solução para tais problemas só poderão ocorrer a longo prazo, e poderia passar pela extinção das fronteiras e tornando o continente africano num único país, onde predominasse a democracia, uma língua comum a todos, justiça social e uma melhor distribuição de renda. Só assim o mundo olharia para a África com outros olhos, não aqueles que enxergam suas riquezas e ignoram a miséria do seu povo.

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