Dois anos da derrubada do diploma de jornalista: nada a comemorar

 

                No próximo dia 15 de junho (quarta-feira), representantes dos Sindicatos dos Jornalistas no Brasil participam, em Brasília, do ato nacional pela aprovação imediata das PECs do Diploma - que tramitam na Câmara e no Senado. A atividade é organizada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), com o objetivo marcar os dois anos da derrubada do diploma pelo Supremo Tribunal Federal.
                O fim do diploma de Jornalismo, obtido através do lobby dos empresários de Comunicação junto ao ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, tem apresentado resultados nefastos para a categoria. Na prática, a equivocada decisão concedeu aos donos dos veículos de comunicação o direito de decidir quem pode e quem não pode ser jornalista no Brasil. Acabando com a meritocracia e instituindo de vez o apadrinhamento e o compadrio. Aumentando o controle e diminuindo o salário do profissional de comunicação.
               Sem diploma específico, os jornalistas passaram a enfrentar um mercado de trabalho ainda mais precarizado, com concessão de registros profissionais indiscriminados pelo Ministério do Trabalho, aviltando as condições de trabalho e salário da categoria. Só quem perde é o cidadão, com a queda na independência e qualidade das informações que recebe através dos diferentes veículos.
Vergonha paulista
               Na última caravana, realizada no 1º de junho (data de comemoração do Dia da Imprensa), que também reuniu representantes do Sindicato dos Jornalistas de vários estados para fazer o corpo-a-corpo com parlamentares, a delegação paulista entrou em contato os três senadores eleitos por São Paulo. Eduardo Suplicy (PT) foi o único que disse ser a favor a aprovação da PEC. Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) declarou posição contrária e Marta Suplicy (PT) estava indecisa.
              "É fundamental que todos os jornalistas pressionem os senadores em quem eles votaram. É necessário concentrar nossos esforços para que a decisão da queda do diploma pelo STF seja revertida, em especial neste período em que se completam dois anos de um dos maiores ataques à profissão e ao jornalismo," salienta o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto).
                O Sindicato orienta que os jornalistas enviem e-mails aos senadores paulistas, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP)( aloysionunes.ferreira@senador.gov.br)- que declarou voto contrário e Marta Suplicy (PT/SP) ( martasuplicy@senadora.gov.br) que ainda não manifestou posição, para que  apoiem a PEC do diploma, tornando obrigatório possuí-lo para o exercício da profissão. O terceiro senador de São Paulo, Eduardo Suplicy (PT/SP), já declarou voto favorárel.
Fonte: WWW.ojornlaista.com.br

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